Look Massacre: professora se pronuncia após polêmica
"Aquele tipo de humor é de mim, e ultrapassa o limite", disse Lorena em vídeos nas redes sociais
(foto: Reprodução)
Após ser indiciada pela Polícia Civil, a professora Lorena Santos usou seu perfil no Instagram para se explicar sobre a foto postada com a legenda: “Look Massacre”.
Educadora no Centro de ensino Fundamental Zilda Arns, em Itapuã, Lorena ganhou repercussão nacional com uma postagem polêmica em seu story, na última quinta-feira (20). Ao publicar uma foto no espelho, a servidora tentou fazer uma “brincadeira” diante da situação de ameaças e ataques que as escolas brasileiras vêm sofrendo. Na foto, ela ainda escreve: “Se eu morrer hoje, estarei belíssima pelo menos”.
Com a repercussão do caso, a polícia do Distrito Federal abriu uma investigação para apurar a conduta de Lorena e a Secretaria de Educação do DF repudiou a atitude da docente, por ressaltar a violência.
Em seu perfil, a professora disse que usou “humor ácido” para lidar com a situação atual da educação no país. “Então assim, a minha forma de lidar com o caos e as tragédias da minha vida é assim. Não vou mentir, muita gente me acompanha exatamente por este motivo. Porque gostam de ver esse tipo de coisa, de humor, de felicidade, apesar das dificuldades e dos traumas. Então, não vou mentir falando que não sou assim. Sou sim, daquele jeito, aquele tipo de situação, aquele tipo de humor é de mim, e ultrapassa o limite”, afirmou.
Na sequência de vídeos, ela comenta sobre o medo que os professores estão enfrentando cotidianamente. “Já que não dá mais para gritar por segurança, gritar por socorro, a gente recorreu a 'o que que a gente pode fazer?' Usar uma roupa confortável, não usar salto, para se qualquer coisa acontecer, a gente esteja preparado (…) A gente não tem o que fazer mais, a não ser se preocupar com uma coisa banal como a roupa,” continuou Lorena.
A servidora ainda desabafa ao dizer que os professores estariam na “linha de frente” da violência nas escolas. Nós, professores, não tivemos o privilégio de escolha de não irmos à escola. Os alunos tiveram essa escolha de não irem para escola”, disse.
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